quarta-feira, 2 de outubro de 2013

RESPOSTA NEURO-ENDÓCRINA E EXERCÍCIOS







É fato que a testosterona decresce com a idade e chega no seu pico máximo aos 25 anos de idade.

Também é sabido que a concentração de Testosterona no Homem é imensamente superior ao da Mulher, o que gera a diferença da facilidade do Homem Hipertrofiar em comparação a Mulher.



Também é oportuno enfatizar que o processo de envelhecimento é acompanhado por alterações dos sistemas neuromuscular e endócrino, tendo como conseqüência redução de força e massa muscular. Rosemberg et al. denominaram essas alterações na quantidade e qualidade muscular de sarcopenia, fenômeno que tem sido associado a implicações para a saúde dos idosos, tais como aumento do número de quedas, declínio da capacidade funcional, osteoporose, disfunção da termorregulação e intolerância à glicose. Esse processo pode tornar alterações fisiológicas do envelhecimento em uma condição patológica, com impacto negativo na qualidade de vida e autonomia dos indivíduos acometidos. Embora os mecanismos não sejam totalmente conhecidos, a etiologia da sarcopenia parece ser multifatorial, envolvendo fatores hormonais, neurogênicos, genéticos e ambientais. Por exemplo, os níveis séricos de testosterona declinam com o avançar da idade e estudos sugerem uma relação causal entre a queda desse hormônio e o declínio da massa e força muscular. Adicionalmente, a reduzida massa muscular verificada nos idosos tem sido atribuída, pelo menos em parte, aos menores níveis de atividade física observados nessa população. De fato, é bem constatado na literatura que idosos menos ativos apresentam menor massa muscular quando comparados com seus congêneres mais ativos.

Dentre os tipos de atividades físicas, o treinamento resistido (TR) tem sido apontado como eficaz em retardar o aparecimento de disfunções freqüentemente observadas em idosos. O TR, atividade voltada para o desenvolvimento das funções musculares através da aplicação de sobrecargas, é uma intervenção capaz de promover expressivos aumentos de força e massa muscular em idosos. Os exercícios resistidos induzem respostas fisiológicas agudas importantes para ganhos de força e hipertrofia muscular; alterações hormonais que promovam um "ambiente" anabólico apresentam papel importante nas adaptações crônicas induzidas pelo treinamento.
Tem sido demonstrado que os exercícios resistidos aumentam agudamente a concentração de testosterona total em homens e mulheres jovens. O cortisol, principal glicocorticóide secretado pela ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, apresenta função catabólica e parece sofrer elevação transitória após uma sessão de exercícios resistidos.

Em adendo, tem sido sugerido que a razão testosterona/cortisol (RTC) seja um indicador do status anabólico/catabólico do músculo esquelético durante o TR e as respostas aos exercícios resistidos são dependentes, dentre outros fatores, da intensidade realizada. O hormônio do crescimento (GH), secretado pela hipófise anterior, apresenta papel relevante na síntese protéica e por isso tem sido foco de estudos que versam sobre as respostas agudas aos exercícios resistidos. Os dados disponíveis apontam elevações agudas de GH em homens e mulheres.

ALTA INTENSIDADE!  Estes três fatores (cargas altas, distância e velocidade) qualificam os exercícios estruturais como sendo os únicos que produzem ALTA POTÊNCIA e por conseqüência uma ADAPTAÇÃO NEUROENDÓCRINA POSITIVA. 

Segundo um dos maiores pesquisadores na área do Treinamento Resistido, Dr. Kraemer, Penn State University, mostra que protocolo de exercícios estruturais como, agachamento, terra, desenvolvimentos, arranco e arremessos geram uma maior Resposta neuroendócrina do que exercícios de isolamento muscular.